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Rio de Janeiro; s.n; 2012. vii,151 p. tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-681307

ABSTRACT

As diversas tecnologias em saúde, entre as quais os medicamentos, podem comprometer o sistema de saúde quando incorporadas sem critérios. Os hospitais universitários, por realizarem atividades de ensino e pesquisa e proverem atendimento de alta complexidade, possuem grande importância no desenvolvimento, adoção e avaliação dessas tecnologias. No caso dos medicamentos, são raros os estudos que abordam a existência de um processo de seleção baseado em evidências e em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar a incorporação de novos medicamentos em quatro hospitais públicos universitários, de grande porte e alta complexidade, no estado do Rio de Janeiro, por meio de um estudo qualitativo. Para tanto, foi desenhada uma matriz referente, elaborada a partir do cotejamento do processo de seleção de medicamentos em um hospital universitário brasileiro definido como padrão com as informações obtidas com uma revisão da literatura. Três grandes dimensões emergiram no processo, constituídas por categorias e subcategorias analíticas. As informações foram coletadas a partir de documentos institucionais, entrevistas com informantes-chave − Diretores, Chefes de Serviços de Farmácia e membros da Comissão de Farmácia e Terapêutica − e observação direta das reuniões da Comissão, ajudando a consubstanciar a matriz. Em todos os hospitais, o conhecimento sobre novos medicamentos pareceu estar fortemente ligado à divulgação do produto pela indústria farmacêutica e por revistas científicas. Em dois hospitais a CFT estava ativa e em outros dois a incorporação ocorria após a prescrição ou pedido rotineiro de compra de novos medicamentos à Farmácia.


De modo geral, a estrutura para a tomada de decisão era deficiente; membros da comissão possuíam pouca experiência e suas funções eram insuficientes para dar suporte à sua participação na comissão. Percebeu-se que os métodos de avaliação dos medicamentos eram inadequados. A incorporação de novos medicamentos nos hospitais investigados pode estar comprometendo as atividades de assistência farmacêutica empreendidas por estas unidades, trazendo conseqüências a todo o sistema de saúde. Apesar da metodologia qualitativa não permitir a extrapolação de resultados, é possível que este cenário seja parecido com o de outros hospitais universitários no Brasil.


Subject(s)
Humans , Drug Evaluation Commission , Drug Evaluation, Preclinical , Hospitals, University , Pharmaceutical Services , Public Policy , Pharmaceutical Preparations/administration & dosage , Biomedical Technology/economics , Decision Making , Reference Drugs
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